Periódicos investem no mercado de áudio
As mudanças estão cada vez mais rápidas, o mercado exige mais e quem quer
sobreviver precisa mostrar resiliência.
O obsoletismo da modernidade já “tocou” os periódicos.
Entende-se por periódicos os veículos de comunicação que são publicados
regularmente, como as revistas e os jornais.
Queridinhas de décadas passadas, as revistas, em especial, têm a sua
frente o grande desafio de se reinventar e conquistar adeptos para o seu novo
posicionamento.
Daniel Coutinho, natural de Volta Redonda, que
começou a sua carreira em pequenas rádios de pinheiral e Volta redonda, em 1998,
é hoje a voz da revista “Mundo Estranho” da Editora Abril, e passa um pouco de
sua visão sobre esse novo nicho do mercado nesta entrevista.
1.Quais são os periódicos que você narra? Do que eles tratam?
Atualmente, estou narrando as edições da Revista “Mundo Estranho”, da
editora Abril. Essa revista trata de assuntos diversos, sempre com o foco na
curiosidade. São sempre assuntos muito relevantes que falam de coisas, fatos,
histórias, tecnologia, cultura que fazem ou fizeram parte da vida de alguém, de
algum povo , país , e por aí vai ... É uma revista direcionada ao publico
jovem, mas eu adoro...Apesar de não ser mais jovem , rs.
2. Desde quando esta prática começou?
Comecei a gravar audiolivro em 2015 quando fiz “O
Amante de Lady Chatterley”, considerado um dos primeiros livros eróticos
publicado em audio. As edições da “Mundo Estranho” vêm sendo gravadas desde
janeiro de 2016, sempre por mim.
3. Quais as vantagens das edições em audio?
Vantagens enormes! Se você não tem tempo para ler
um livro, pode escutar enquanto faz algum serviço de casa, está na academia ou
no trânsito.
Também é muito útil para pessoas cegas, com
deficiência visual ou qualquer outra dificuldade para ler um livro físico. Uma
outra vantagem é não precisar carregar o livro.
4. Você acredita que esse é um mercado em
crescimento?
Sim. Exatamente pela rotina que o dia a dia nos
impõe, ter um tempo livre é cada vez mais raro. Por isso, escutar conteúdos
específicos e exclusivos está cada dia mais popular.
5. Como você vê hoje o mercado de periódicos
impressos atualmente?
Estamos num momento de transição, mas, ao meu ver,
é um caminho sem volta. Cada dia teremos menos conteúdo impresso e mais digital,
sejam eles para ler ou ouvir.
Grandes jornais fecharam as portas por conta disso,
e outros precisam se reinventar toda hora para sobreviverem. Já temos uma geração no mercado de trabalho que não
conhece o mundo fora do ambiente digital e, dificilmente, você os verá
consumindo mídias físicas.
6. Tem alguma mudança a curto prazo que você
vislumbre seja no mercado de áudio, seja no impresso, para periódicos? Se
sim, qual seria?
Uma mudança que observo é o aumento do consumo de
notícias através de “podcasts” que é uma mídia que existe desde 2008 e que vem
expandindo o número de ouvintes todos os anos.
Hoje, já é possível se atualizar somente através
dos “podcasts”.
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